segunda-feira, 15 de abril de 2013

Grito mudo


(O grito de Edvard Munch)

Uma torrente de lágrimas aprisionadas
Teimam em não rolar.
A libertação é me negada.

Um grito mudo que só eu escuto
O seu som deveria ser o alerta.

Pensamentos aprisionados
Que logo, logo serão ocultados
Frente a novo pedido de desculpas

Conheço as tuas palavras de antemão
E de antemão conheço a minha reacção.

O tempo vai passando
Dias de sol ofuscados por dias cinzentos
Cada vez mais difíceis de esquecer.

É cíclico, e sempre igual.
No entanto o caminho continuo a calcorrear
Cobrindo vez após vez…
Com um ténue sorriso
A dor, o desânimo e o desalento 
Forçando-me a acreditar
Que esta...
será a última vez…
 
MV, 15.04.2012

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