sexta-feira, 27 de julho de 2012

Coisas do meu miúdo

Hoje foi dia de consulta dos 2 anos do pimpolho no centro de saúde. Já me tinha preparado mentalmente que a coisa não iria ser fácil… pois sua excelência desde os 9 meses que detesta as batas brancas e tudo quanto as rodeia! E até o mais simples dos procedimentos, diga-se pesagem e medição, se tornam árduos e complexos… sai de lá a transpirar e apenas com peso e medidas mais ou menos.

Pois foi pesado ao meu colo e medido às três pancadas! Mas parece estar tudo bem com o rapazola. Mais ou menos 15 kgs e 94 cm de gente com uma personalidade extremamente forte! Nesta fase do campeonato as medidas já não são de grande preocupação: basta olhar para ele para ver que cresce de dia para dia a todos os níveis. 

E falando em crescimento, ontem pela primeira vez recorri ao castigo! Teve que ser, não que eu goste de o fazer… mas todas as outras alternativas deixaram de surtir efeito.

Quando chegamos a casa no final do dia o rapaz gosta de se empoleirar na cadeira frente ao lava-loiças (foi a mãe que lhe ensinou. Agora reconheço que foi asneira. Toooo late!) e ali se vai entretendo enquanto eu me ocupo com outras tarefas. O problema é que aprendeu a abrir a torneira e mesmo eu dizendo que não o deve fazer sua excelência insiste. Reprimi uma vez e tirei-o da cadeira, voltou ao mesmo. Segunda vez com explicações incluídas e tirei-o da cadeira. Voltou ao mesmo. Falei novamente com ele e dei-lhe uma palmadita na mão. O que também não serviu de nada. Ele levanta a mão e dá-lhe beijinhos e está pronto para continuar com as “marotices”. Tornei a falar com ele e disse-lhe que o iria colocar de castigo se tornasse a abrir a torneira. E ele abriu. Agarrei nele e coloquei o na caminha de grades. Começou logo a chorar como se o mundo fosse acabar e aqui a miss coração mole disse-lhe que o tirava do castigo se não voltasse a mexer na torneira. Ele concordou, mas assim que se apanhou no chão foi a correr para repetir a proeza. Peguei nele e novamente o coloquei na cama… desta vez não cedi tão rápido (só cedi depois de 2 minutos). Chorou ranho e baba mas parece que compreendeu, pois quando o tirei da caminha já não se atreveu a voltar para a cozinha!!! 

Não sou apologista dos castigos, mas reconheço que as crianças têm que saber que existem limites e eu tenho de encontrar forma de lhos explicar e impor.

2 comentários:

  1. Tens aí um rapagão :)
    A minha miuda também detesta ir ao médico, já o irmão acha o máximo a atenção.
    Eu sou apologista de castigos. Não de bater. Sim, às vezes levam uma palmadita mata moscas quando o castigo não resolve, mas se depois de explicar, dizer porque sim e porque não fazem sempre o mesmo, ponho-os de castigo.
    As crianças precisam de limites. Saber com o que contam é estrutural para eles. Eu explico, exemplifico, dou o benefício da dúvida e se a cosia persiste castigo. Mas castigo com amor e faço questão que saibam o porquê do castigo.
    Bjks

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  2. Minha querida,
    Nenhuma mãe gosta de castigar os filhos. Mas com 2 anos as grandes explicações não surtem grande resultado. Deixa isso para a puberdade e seguintes fases.
    Por agora, ele está na fase do 'não0, para segurança dele tens de ser mais firme. Depois de tomares uma atitude nunca voltes atrás ou ele vai sempre tentar, vê que não tens só um critério. E isto não é bom. Se com 3 anos, não te consegues impor imagina daqui a uns anos. Os castigos proporcionados não fazem mal. Nunce te deixes intimidar com a choradeira. Se não tiverem público, acabam por se calar. Vai por mim, que já tenho alguma (muita) experiência nestes domínios. Amá-los até à exaustão mas com educação e mostrando que somos mães responsáveis e nós é que mandamos. A educação não é democracia. Deixa as assembleias familiares para a adolesceência, já vai ser difícil o suficiente.
    Beijinho.

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